domingo, 9 de maio de 2010

Sou Um Quarentão

Claro que isso não é título de conto, mas, acima de tudo, uma constatação. Essa constatação me leva a uma importante conclusão:
Nós, coroas do início do século 21, somos muito sortudos. Desde que não tenhamos tentado "viver dez anos a mil" como tentou o Kazuza e nós vimos no que deu. Levar uma vida equilibrada, sem excessos é impossível, só se formos cadáveres ambulantes, já notaram que eu tenho uma certa predileção por palavras mórbidas. Voltando ao assunto! A vida por si só é um convite aos excessos, tudo o que provamos e gostamos, se pudéssemos, não pararíamos de usar até que a morte nos separasse disso, o que quer que fosse isso, saudável ou prejudicial. Mas nós quarentões que, graças ao criador, estamos em plena forma física, estamos assim porque os excessos não foram e nem são regra em nossas vidas, os excessos são "exceções" que concedemos a nós mesmos, às vezes por puro epicurismo, às vezes por curiosidade investigativa e às vezes só para chutar o pau da barraca. Observem porém que os excessos nós nos concedemos "às vezes" e não "toda vez". O fato de a palavra parecer o aumentativo da palavra excesso é mera coincidência de fatos. Além de sermos moderados nos excessos, temos ao nosso lado todo o avanço tecnológico e científico que entra no nosso corpo pela boca com os alimentos bem escolhidos, pelos olhos e ouvidos com as leituras, filmes e peças teatrais edificantes , pelos músculos quando nos exercitamos usando as novas descobertas feitas pelos cientistas. Se eu tivesse nascido em 1923, eu já estaria velho em 1963 e dificilmente chegaria aos 92 anos, em 2115, feliz e de bem comigo mesmo. Agora a possibilidade disso, de viver até 2055, acontecer existe por causa dos avanços citados, mas também está seriamente ameaçada pela nossa estupidez com relação a nós mesmos e ao nosso planeta. Por isso eu digo nós coroas, homens e mulheres, somos muito sortudos só espero que não joguemos essa sorte pela janela.

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