quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Corredor

Hermínia e Égina

O barulho pode ensurdecer, isso para qualquer pessoa normal, mas o silêncio, este para as mentes descontroladadas e culpadas, o silêncio para quem não está em paz consigo mesmo, o silêncio profundo é mais amedrontador que o mais escuro e profundo abismo. O silêncio nos coloca em contato com o pior e o melhor ser que podemos entrar em contato no universo, ele nos coloca em contato, quando deixamos isto acontecer, com o nosso íntimo e profundo ser, e não com aquilo que idealizamos quando nos olhamos superficialmente, no espelho para ver uma ruga, fazer a barba ou retocar a maquiagem. Cada um de vocês já parou para ver qual é a reação da maioria das pessoas quando chega em um ambiente que está mergulhado no mais total silêncio. Qualquer um, que não esteja acostumado a usar o silêncio como uma ferramente de autoconhecimento, quando chega em um lugar silêncioso tenta, de alguma forma, quebrar este silêncio. Se não há um recurso tecnológico para isso, as pessoas começam a assuviar, cantarolar uma música, bater com os dedos em alguma superfície...

Outro elemento que aterroriza o ser humano é a solidão, estar só não é o forte da maioria das pessoas, talvez isso aconteça porque, no nosso subcosciente, temos a certeza que é sozinhos que somos enterrados ou, para os mais abastados, cremados. É sozinhos que ficamos no Instituto Médico Legal aguardando os nossos entes queridos para o reconhecimento do nossos cadáveres. Enfim essa carcaça que nos movimenta para cima e para baixo quando estamos vivos, o fim dela é a solidão e, depois da putrefação completa, o seu retorno aos elementos da natureza. Do pó viemos e ao pó retornaremos.

Agora imagine o que pode acontecer a um ser humano que esteja na mais completa sólidão e no mais profundo silêncio, para quem não é acostumado a usar isto com ferramenta de autoconhecimento. O desespero, com certeza, tomará conta desta pessoa, deixando-a num estado de saúde mental e física deplorável.

Meu nome é Hermínia, nasci em 18 de agosto de 1889, em uma bela cidade do interior da Bahia. Meu pai era um fazendeiro de cacau de médio porte, por isso não teve dinheiro para me mandar estudar na Europa, o máximo que ele pôde fazer foi me mandar para estudar nesse colégio de freiras, onde, aos 22 anos de idade, faleci, vitimada por uma tuberculose fulminante. Na realidade, se eu não tivesse deixado o meu medo destes dois me dominar, eu não teria morrido tão jovem. Se eu soubesse que o silêncio e a solidão poderiam me ajudar a encontrar a minha paz interior, eu teria me curado da tuberculose, teria sido uma pessoa mais feliz.

– Socorro!!!! Por favor alguém me ajude a sair daqui... desse lugar horrível...

Esse grito que vocês acabaram de escutar foi de Égina, a pobre coitada ficou estudando na biblioteca do colégio, aproveitando a falta de um professor, ela estuda a noite, durante as duas últimas aulas que o professor não veio. Ela foi a biblioteca e encontrou o livro que haviam acabado de devolver com todo o assunto da prova. Aproveitando a oportunidade, ela fez um resumo completo do assunto e estava tão concentrada nos estudos que nem ouviu quando a bibliotecária lhe disse:
– Vamos fechar daqui a dez minutos, bote o livro em cima da minha mesa que guardo depois,apague as luzes e bata a porta da biblioteca.
Égina estava tão concentrada que não viu nem ouviu nada, só levantou a cabeça uma hora depois, não viu a bibliotecária. A princípio pensou que estava sozinha na biblioteca, quando olhou para o relógio faltava dez minutos para as vinte e três horas, desceu correndo as escadas para poder ir para casa e deu de cara com a quadra e o pátio interno com as luzes todas apagadas. Correu para a porta de saída que ficava na outra extremidade do pátio interno a porta estava trancada, tentou ver se via o vigilante na porta, nada, ninguém estava lá.

– Vigia,vigia, viigiaaaa – e a resposta que ela ouvia era o silêncio mais profundo que você pode imaginar, sem barulho de carro, ônibus, vozes, passadas, nem mesmo o vento que, às vezes, balançava as folhas das árvores, nem mesmo o vento se fazia presente para quebrar aquele silêncio enlouquecedor...

Para ela, só há uma saída, voltar, atravessar o pátio interno, subir as escadas e voltar por dentro do colégio e descer as escadarias em frente ao auditório. Para fazer isso, ela terá que atravessar o corredor... será que ela consegue?



Nota do Autor: a continuação depende dos comentárioa de vocês

16 comentários:

Jorge Peret disse...

ela tem q atravessar o corredor,e derepente se deparar com "alguem"
tem q ser bem aterrorizante
HAHAHAHHAHA!!!
(LIZA JESSICA)
HAHAHAHHAHAH

Unknown disse...

professor no quento mais ter q esperar aff escreve logo eu sei q o senhor no tem tempo so tem final de semana escreve logo to curiosaaaaaaaa

Paloma Pires disse...

...E ao se deparar com aquela situação,égina correu pelo patio com suspiros desesperador e ao subir as escadas do patio interno ela caiu e com lagrimas escorendo no seu rosto e uma respiração forte e acelerada,ela começou a gritar dizendo:
_ Tem alguém ai?alguém...
E na quele momento ouvio passos de uma pessoa correndo....e então ela pode perceber que não havia medo maior que o silêncio e solidão!E ao subir o ultimo degrau da escada sentiu um calafrio e deparou-se com o corredor e se lembrou que a minha alma estava presa na quele lugar!E ao olhar pro fim do corredor viu-me também chorando com respiração profunda .ÉGINA FICOU NUM ESTADO DEPLÓRAVEL E LEMBROU-SE DE UM CONTO SOBRE MIM,QUE DIZIA:Se eu não tivesse deixado o meu medo destes dois me dominar,eu não teria morrido tão jovem.
Com isso incorajou-se e soube usar o silêncio e solidão a seu favor!passou o corredor em um silêncio total e usou o barulho dos seus passos para fazer acordes musicas e assim passou por dentro do colégio e desceu a escada do auditório e encontrou o vigia dormindo na entrada do colégio lembrou-se do horario e aliviada por ter vencido seus dois maiores medos dormiu....
fim!
(paloma pires)

Thaynara Andrade disse...

...E ao sentir desespero completo Égina sentiu seu corpo esremecer de uma forma como nunca sentiu antes,fechou olhos e viu a minha imagem em sua mente chorando deseperadamente, pois ja tinha ouvido minha história antes e entao gritou e gritou e gritou mas ninguem apareceu, nao havia se quer uma pessoa que a pudesse ajudar e entao orou e pediu a Deus que a tirasse dali,que a tirasse da agonia de estar sozinha que tirasse o medo que sentia de esta consigo mesma...E entao sentiu-se aliviada como a brisa das tardes de domingo,foi ai que inspirou-se com tamanha coragem da qual nunca sentiu antes,e entao atravessou o patio sentindo mais uma vez seu coraçao disparar com muitos, arrepios no corpo,subiu as escadas sem nem querer olhar pra tras foi ai que sua bolsa caiu rolando nas escadas a fazendo descer todos os degraus que havia subido,e entao sentiu novamente as lagrimas voltarem no seu rosto foi entao que desceu as escadas novamente sem nem querer deixar os pensamentos virem á tona e agarrou sua bolsa com ímpeto subindo novamente as escadas com respiraçao ofegante...Se deparou entao com O CORREDOR,foi como se eu estivesse ainda presa ali a agonia que sentir, o medo estavam tao reias que o desespero tomou conta dela,ela saiu correndo mais tropeçou no cadaço,sentindo uma dor horrivel no corpo pois o tombo a fez bater todo seu corpo no chao foi entao que sentiu a brisa novamente e lembrou-se de uma musica que dizia assim:Ele é contigo,AONDE VC ESTIVER,Ele é abrigo,seu Amigo,Deus provedor,pode confiar.E foi nesse ritmo que ela se levantou e percebeu que o medo e a solidao nao passavam de um ANAO e atravessou o corredor passou pelo auditorio ainda ouvindo esse canto e fez do medo e da solidão seus aliados nessa trajetória e enfim avistou o portao e vigilante ouvindo o jogo do VITORIA E BAHIA(no qual o VITORIA ganhou)e sentiu-se aliviada por poder sair dali com mais uma experiencia da qual nunca mais se esqueceria.
FIM!!!(Thaynara Andrade)19 de março de 2012 16:20

Arijane Ferrira disse...

Apezar daquele silencio aterrorizante,egina segui em frente e voltou para a biblioteca apavora grintando e perguntando se tinha alguem na quela localidade,mas ao ver o silencio total ela voltou para a biblioteca e continuou lendo o livro.Ao chegar o amanhecer a bibliotecaria chegou a biblioteca e se deparou com a presença de egina dormino na mesa com os livros abertos;dai a bibliotecaria perguntou:o que você estar fazendo aqui?
-egina respondeu:eu não ouvi você dizendo que a bibloteca ia fecha,dai fiquie trancada aqui.

Alana disse...

Alana Manuela

Podemos citar para dar continuidade ao conto,o medo que Égina sentiu quando se deparou com as situações.
Podemos também colocar o modo como as pessoas deveriam encarar essas situações que as descontrolam.

biinhaa disse...

ela ,tem que pular o murro ou pedir socorro a alguem . afss que situação costrangedora , mas quem sabe se ela consegue encontrar um anjo e atraves desse anjo surgir um linda e bela historia de amor :(

biinhaa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
biinhaa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
maurenice de jesus disse...

ela atravessa o patio e se depara com algem que ela nunca viu na,ela fica com muito medo e pergunta: quem è?
A pessoa nao responde e ela fica aterrorizadan e corre voltando para o corredor principal,e acha uma porta que tem acesso ao auditorio, e ela entra sem nem olhar para traz chegando la ela procura algum lugar para se esconder,porque estava achando que estava sendo perceguida.
Ficou escondida la, e ja estava muito tarde para ela tentar sair,e ela ficava com mais medo a cada hora que passava.ela ficou escondida ate o dia seguinte...
Logo depois ela acorda com o sol no seu rosto,levantou-se e foi direto na portaria procurar Ajuda.chegando la,contou tudo para o vigia e ele ficou sem entender nada por que ele tinha se certificado que nao deixou nimguem na escola so ela e a bibliotecaria.
Depois ficou se perguntado quem era a pessoa que ela viu ou que acha que viu,e nao tinha explicaçao para isso.depois de um tempo chegou a conclusao que a pessoa que ela viu na verdade era a solidao querendo tirar o se silencio atraves do medo ,por que ficou muito tempo sozinha.agora sempre que entra na biblioteca presta muita atençao nas horas para nao passar por isso outra vez.
Tudo isso porque ela nao era acostumada com o silencio e nemcom a a solidao.

diego nunes disse...

Ela vair achar aquem que possa ajuda -la ao sair da escola que esta tao em silecio...

Fernanda Costa disse...

O medo era tão grande que Érnia não consegui nem ao menos olhar para o corredor,o silêncio enloquecedou de solidão que estava naquele lugar era de dá calafrios.Érnia procurava pelo colégio uma parte da onde poderia ter saido uma voz que ela pôde notar quando descia as escadas a procura da saída.
Érnia correu atras dessa voz, mais não achou ninguem ou pelo menos a repetição de onde saiu aquela linda voz de uma mulher-menina.
O seu medo daquele lugar não era a escuridão e sim o silêncio e a solidão.

Fernanda Costa (Esse é o CERTO) disse...

O medo era tão grande que Égina não conseguia nem ao menos olhar para o corredor,o silêncio enloquecedou de solidão que estava naquele lugar era de dá calafrios.Égina procurava pelo colégio uma parte da onde poderia ter saido uma voz que ela pôde notar quando descia as escadas a procura da saída.
Égina correu atras dessa voz, mais não achou ninguem ou pelo menos a repetição de onde saiu aquela linda voz de uma mulher-menina.
O seu medo daquele lugar não era a escuridão e sim o silêncio e a solidão.

Matheus Barbosa. disse...

Eu ri da Fernanda que postou "Érnia". Enfim. Se a para ela sair de todo o silêncio e escuridão precisa atravessar o corredor, por que não enfrentar esse medo?

Matheus Barbosa. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
letícia disse...

Ela tem continuar gritando ,vai que alguém ouve ela e pedem ajudar...
Continua professor!!!

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