terça-feira, 11 de maio de 2010

A Vida Por um Meio Fio...


O vento batendo no rosto, é muito gostoso, o asfalto passando por de baixo dos pés, dá a sensação de flutuar.A velocidade aumenta porque há alguém atrás querendo ultrapassar. Com uma buzina irritante começou a me chatear, encostei para a direita e a deixei passar e lá se passou mais um feliz condutor de um possante Citröen C4 Palas pela minha Perebinha de 125 cilindradas o Dique estava muito bonito, as pessoas malhando para manter a forma. Segui em frente peguei a esquerda entrei no Bonocô, peguei a esquerda de novo afim de subir a ladeira e entrar na D. João VI sentido Brotas Center, curtindo aqueles momentos como eu sempre curto as minhas idas e vindas pela cidade pilotando minha Perebinha.
Lá ia eu a não mais que uns 30Km/h, quando um Siena Preto que estava parado no engarrafamento na subida da ladeira manobrou repentinamente para a direita, tão repentinamente manobrou ele que, quando eu percebi, o pneu dianteiro da minha moto bateu no pneu dianteiro do carro dele, este impacto girou violentamente o guidão para a direita, desviando a moto para o meio fio, fazendo com que ela empinasse a roda traseira batendo com a parte frontal no chão e me arremessando de cabeça no muro da 1ª casa que há logo depois da saída do viaduto do Ogunjá. Bati de cabeça no muro quiquei para trás e caí com corpo por cima da moto e de cabeça em cima de um monte de pedregulho e lá fiquei estatelado nessa posição. Ainda em estado de choque, com muitos pensamentos confusos. O barulho do motor da moto disparado me fez voltar a realidade. E, logo depois, escutei uma voz masculina dizendo:
– Meu Deus o que foi que eu fiz, ó meu Deus o que foi que eu fiz!
A primeira coisa que pensei foi que eu tinha morrido, no melhor estilo do filme "O Sexto Sentido" ou então "Passageiros". Tentei movimentar algumas partes do meu corpo. Primeiro o dedão do pé, depois a perna e aí me sentei. Graças a Deus paralítico eu não estava. Mas será que eu estava vivo? Quando eu me sentei que olhei para as minhas mãos, levei o maior susto, as minhas mãos, principalmente a esquerda, estava toda coberta de sangue. Tirei o capacete, se não fosse ele, esta história estaria sendo escrita por um médico legista. Passei a mão pela minha cabeça estava inteira. Veio um senhor, deu-me a mão e me ajudou a levantar. Assim que eu me levantei, escutei de novo:

– Meu Deus o que foi que eu fiz, ó meu Deus o que foi que eu fiz!

Só que desta vez o cidadão estava quase entrando em pânico, legal se ele me viu levantando é porque eu ainda estou vivo, pensei alegremente, eu andei na direção dele e disse:
– Calma meu amigo, está tudo bem comigo, estou vivo, saudável e isso é que importa. Foi você que estava dirigindo o Siena preto?

– Foi sim de onde você saiu, você estava muito rápido!

– Se eu estivesse muito rápido você acha que eu estaria vivo agora, na realidade, foi você que fez uma manobra repentina sem necessidade, mas isso não importa. O importante é que nós dois saímos no lucro!

– E o meu paralama? – disse ele fazendo uma cara de pena e olhando para a pequena morsa na parte anterior, próxima ao pneu, do paralama dele. Uma morsa sem arranhão porque foi feita pelo pneu da moto, quando tentei me desviar.

– Amigo! Olhe para a frente da minha moto, olhe para minhas mãos, eu também tive prejuízo, porém, se formos botar tudo na balança, saímos no lucro. Eu porque estou vivo e você porque não me matou. Você tem aquela pequena morsa sem arranhão para ajeitar e eu a frente da minha moto para recuperar.
Ele ficou pensativo olhando para mim.

– É você tem razão, vamos deixar isso para lá.

– Você é uma pessoa sensata, percebi isso pelo seu pânico quando me viu estatelado no chão.

– Não fale não maluco, eu estava a ponto de entrar em desespero.

– Eu percebi, mas não se preocupe mais com isso, estamos bem e a vida continua. Aqui está meu cartão... Siga seu caminho que eu vou seguir o meu.

Quando ele foi embora, olhei para a Perebinha lá em cima do passeio jogada e pensei será que ela ainda funciona, levantei-a, a manete da embreagem tinha largado. Procurei no chão um parafuso de reserva que eu deixo para usar em caso de emergência e o achei. Encaixei a manete no lugar, desentortei o máximo possível o pedal da marcha consegui engrenar a primeira. O guidão estava todo torto, mas conseguia manobrar para a direita que era a única direção em que eu teria que virar até chegar em casa, montei na Perebinha bati no clique e ela pegou numa boa, consegui chegar em casa pilotando a Perebinha.
Assim que a coloquei na garagem, me ajoelhei a agradeci ao pai o milagre de estar vivo e com saúde, depois de mais essa aventura.
Pessoal! Não se enganem não, tudo tem Deus na frente e abaixo dele a coisa mais importante em nossas vida é a consciência de que vamos morrer um dia, é a consciência deste fato que torna a vida e as pessoas que cruzam o nosso caminho tão preciosas.

3 comentários:

alana disse...

poxa Peret..
Foi Deus msmo..
quero que saiba que Deus é por vc..
te adoro muito..
e axo que percebeu esse pequeno detalhe..
se cuidaa!!

Gaby disse...

Eita profº deu p sentir a dor...ou não rsrs...que bom q esta bem senao cmo teriamos aulas tão boas neh?! rs bjs

Fernanda Costa disse...

Nossa, são situações difíceis em que a gente sente a presença de Deus mais perto de nois.Confiança sempre,pensamentos negativos jamais.

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